Cumprindo agenda na Paraíba, o pré-candidato a presidente, Senador Álvaro Dias (Podemos), demonstra ser uma opção eleitoral entre os seguidores de Lula e Bolsonaro, portando, para eleitores considerados de centro e menos ideológicos. Mesmo sendo um grande quadro político com destacados mandatos como governador do Paraná e Senador, Álvaro ainda é pouco conhecido pelo eleitorado do Norte e Nordeste e bate de frente com a maior liderança do Nordeste, o ex-presidente Lula, o que dificulta um avanço mais consistente.
Em sua fala podemos constatar alguns pontos importantes. Questionado se “Eleição sem Lula era Golpe”, Álvaro Dias, foi taxativo: “Eleição com Lula é Golpe”. Segundo ele, existem provas suficientes para a condenação do petista e a Justiça deve ser para todos, independente de ser ou não um ex-presidente da República. “Se nós rasgarmos a Constituição e protegermos uns aos outros simplesmente porque foi presidente da República estaremos negando a existência do Estado de Direito. Seria um divórcio entre as instituições públicas e a sociedade. Isso significaria certamente a morte da República”.
Álvaro Dias também defendeu a reforma da previdência, o fim do foro privilegiado no país e a manutenção de programas socais como o Bolsa Família. Autor da lei que põe fim ao foro privilegiado, ele considera uma forma eficiente de acabar com a impunidade. Já sobre o Bolsa Família considera que não deve ser visto como despesa, mas como um investimento. “Enquanto o governo brasileiro não tiver condições de oferecer igualdade de oportunidade a todos os brasileiros esses programas sociais devem ser preservados”, concluiu.
Sobre política local, garantiu que o Podemos está preparado para eleger uma boa bancada federal e estadual na Paraíba e formar um palanque onde possa divulgar suas ideias e propostas para o país. Sem esconder que desejava a filiação do deputado federal Veneziano Vital, que optou pelo PSB, Álvaro destacou o potencial da ex-secretária estadual e esposa de Veneziano, Ana Claudia (Podemos) na disputa a uma cadeira na Câmara Federal.
O senador Álvaro Dias não pode ser menosprezado na corrida eleitoral, e caso o ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB) não entre na disputa, pode se beneficiar com um “vácuo” de nomes que se identifiquem entre os eleitores que não seguem os dois extremos do processo, Lula e Bolsonaro. É portanto, um candidato em potencial, mas com dificuldades do ponto de vista geográfico e de apoio político nos Estados.