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Guilherme Boulos chama Bolsonaro para o debate e dispara: “é um candidato fujão”

O presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) chamou o deputado Jair Bolsonaro (PSL) de candidato “fujão” e o desafiou a debater onde ele quiser durante entrevista na noite desta quarta-feira (4) na TV Master. “Vamos debater aqui nesse estúdio, num quartel se ele sentir mais seguro.  Agora ser candidato a presidente e fugir do debate, do contraditório e não ter condições de defender suas ideias não condiz com a importância do cargo de Presidente da República. Queremos fazer uma nova política sem oligarquias, sem marqueteiro para dizer o que pode ou não pode e falando o que pensamos”.

Boulos defendeu mudança na política econômica do país tendo como pilares principais a reforma tributária e mais investimentos públicos, como forma de impulsionar a economia. Ele também defendeu medidas para aumentar a arrecadação como, por exemplo,  implementar impostos para grandes fortunas e utilizar os bancos públicos para reduzir as taxas de juros e do cartão de crédito. “Precisamos governar para a maioria da população com foco na inclusão, não para banqueiros e grandes acionistas”.

Sobre a unidade das esquerdas, Boulos disse que tem que ser em cima de princípios em torno da democracia e de princípios sociais, pois o país passa por um momento muito difícil com intolerância, retirada de direitos dos trabalhadores e um judiciário que acha que pode tudo. “Agora não nos sentimos representados com “pseudos esquerdas” que se aliam com essa turma que está tirando direitos dos trabalhadores e das camadas populares. O que não podemos é dormir com inimigo que depois poderá nos matar”.

Ainda na entrevista no programa Conexão Master, o presidenciável acrescentou que a prisão de Lula se deu sem provas, numa farsa para tirá-lo das eleições. “É uma prisão política. Por outro lado, tanto Temer, que foi flagrado comprando o silêncio de Cunha e mandando assessor pegar mala de dinheiro como Aécio, que mandou o primo pegar mala de dinheiro e ainda disse que iria matá-lo para não delatar. Está claro que são dois pesos e duas medidas”.

 Habitação-  “Existe mais casa sem gente do que gente sem casa”. Para resolver essa incongruência Guilherme Boulos defende mais investimentos na moradia popular com a criação de programas que chamou de “Meu Bairro Minha Vida”, mas “dentro da lógica de incluir os sem teto em áreas mais centrais e mais próximas ao trabalho com a desapropriação dos imóveis ociosos  e na perspectiva de criação de bairros com infraestrutura como escola, hospitais, saneamento e transporte”, completou o ex- coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto).

 

Clóvis Gaião

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