O prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSDB) foi denunciado por nepotismo junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) por empresar parentes dele e da primeira dama e pré-candidata a vice-governadora, Micheline Rodrigues (PSDB).
Dados levantados pelo sistema Sagres do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), revelam que a jovem Carine Moura é contratada como cargo comissionado de Gerente de Abastecimento Farmacêutico da Secretaria de Saúde de Campina Grande. A gerente é irmã da primeira dama de Campina Grande, Micheline e recebe um salário de R$ 9.830,00. A denúncia foi publicada nesta segunda-feira pelo site pautapb.
A denúncia com vários casos de nepotismo foi apresentada ao TCE, com todos os documentos probatórios, pelo corpo jurídico do deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PSB), que entendeu que os atos do tucano prejudicam o bem público. Dentre os denunciados estão Betânia Ligia de Araújo, tia da primeira dama, esposa do gestor Romero Rodrigues, para exercer o cargo de provimento em comissão de Gerente da Vigilância Sanitária, conforme informações extraídas do Sagres acostadas ao processo.
Da mesma forma, consta na denúncia a contratação de Izabel Maria Veiga de Oliveira, irmã do gestor Romero Rodrigues Veiga, estando descrita em matérias da PMCG publicadas no próprio site da Prefeitura pela Coordenadoria de Comunicação – CODECOM, ocupando o cargo de Coordenadora do Programa Mais Educação, junto à Secretaria de Educação do município de Campina Grande – PB, por nomeação do citado prefeito.
Também consta na denúncia que a Sra. Giovanna Karla Barros Fernandes do Carmo, identificada como cunhada do gestor, exerce o cargo de Assessora Política, cargo em provimento de comissão, lotada no Gabinete do Prefeito. A esposa do vereador Márcio Melo (PSDC), primo de Romero Rodrigues, também está empregada no gabinete do prefeito Romero com salário de R$ 9.156,00.
“Com efeito, de tudo que aqui foram acostados, resta evidente que as pessoas acima referidas, além de estarem enquadradas na proibição legal de nepotismo, estão no exercício dos cargos em que foram nomeadas pelo gestor municipal desde o início de sua primeira gestão, ou seja, desde os primeiros meses do ano de 2013” revelam os autos do processo.