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Mudanças no comando das prefeituras de Patos, Cabedelo e Bayeux influenciam mapa político da Paraíba

O Ministério Público Estadual, Federal e a Polícia Federal apertaram o cerco contra prefeitos acusados de corrupção na Paraíba.  Recentemente prefeitos das maiores cidades do estado como Dinaldinho (PSDB), em Patos, Berg Lima (PTN), em Bayeux e Leto Viana (PRP), em Cabedelo foram afastados dos cargos e no caso de Berg e Leto não apenas afastados, mas presos, todos acusados de participarem de desvios de recursos públicos.

Os três prefeitos  aliados do candidato a prefeito Lucélio Cartaxo (PV) e do candidato a Senador Cássio Cunha Lima (PSDB), representam uma perda considerável em suas bases de apoio em municípios estratégicos. Mas a corrupcão não pára por ai, já que nos últimos anos pelo menos 15 prefeitos foram afastados dos cargos e governam sob efeito de liminar.

Por outro lado, os substitutos dos prefeitos afastados aderiram a base de apoio ao candidato a governador João Azevêdo (PSB). Leia-se o prefeito de Cabedelo, Victor Hugo (PRB), o prefeito interino de Bayeux, Noquinha (PSL) e o prefeito interino de Patos, Bonifácio Rocha (PPS).

Juntos, os três municípios formam um aglomerado de mais de 155 mil eleitores, o que pode ser decisivo em um pleito bastante disputado para governador do Estado.  Há quase 2 anos o discurso da oposição era que Ricardo Coutinho teria sido o grande perdedor, devido ao resultado nos 20 maiores municípios do Estado incluindo João Pessoa e Campina, hoje, o quadro mudou e os governistas já são maioria. Dos 20 com mais eleitores, 12 prefeitos votam com o candidato apoiado pelo governo estadual e 8 com os candidatos da oposição.

Lamentavelmente observamos alguns jornalistas tentarem misturar o debate ao colocarem sob suspeita a ação integrada do Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e a Polícia Federal, que agiram com rigor em relação a corrupção e desvios de conduta. Cabe aos acusados dentro do ordenamento jurídico provarem suas inocências, não seus interlocutores na imprensa.

A sociedade não tolera mais ver o dinheiro público indo pelo ralo e exigem dos seus representantes mais responsabilidade e eficiência no trato do dinheiro público. Mesmo diante de uma certa “blindagem” de setores da imprensa com altas verbas publicitárias em jogo, com as redes sociais a verdade pode até tardar, mas não falha.

 

Clóvis Gaião

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