O governador eleito João Azevêdo (PSB) e a bancada federal iniciaram os trabalhos com o pé-direito ao se reunirem na noite desta terça-feira (30), em Brasília, para definirem as obras e projetos prioritários para o orçamento geral da União 2019. Baixadas as bandeiras partidárias, assim como deve ser, o que prevaleceu foram os interesses do Estado e do seu povo em meio a uma conjuntura econômica difícil e com a sinalização do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de que não dará trégua aos governadores adversários notadamente no Nordeste.
João Azevêdo, com seu perfil técnico, demonstra ter o jogo de cintura necessário para descer do palanque e dialogar com opositores que jogaram duro durante a campanha. O saldo de ontem é muito mais simbólico, pela abertura do diálogo dos parlamentares, do que efetivo. Mas merece aplausos pela postura republicana notadamente do deputado federal reeleito Aguinaldo Ribeiro (PP), que goza de força e prestígio nesta reta final do governo Michel Temer. Todos estão de parabéns pelo espírito desarmado, o momento exige que os representantes políticos desçam do palanque.
Dos R$ 700 milhões solicitados pelo governador João Azevêdo para tocar o plano de obras estruturantes do Estado, ele só conseguiu indicar R$ 169 milhões de emendas impositivas para ações mais emergências como a reforma e ampliação de hospitais, o Arco Metropolitano de João Pessoa e a construção do IPC de João Pessoa.
E como disse o próprio João Azevêdo será uma tarefa difícil diante das inúmeras demandas e poucos recursos. “Mas é esse o trabalho que a bancada está fazendo, ouvindo as demandas não só do Estado como das universidades, prefeituras, é que será possível compor aquilo que no mínimo a Paraíba poderá ser beneficiado com esses R$ 169 milhões em emendas impositivas”, avaliou João Azevêdo.
Em suma, João Azevêdo, seus auxiliares e a bancada federal terão que se esforçar muito para garantir ao Estado da Paraíba os recursos mínimos para que continue crescendo e se desenvolvendo. Essa foi a opção de 58% dos paraibanos e essa é a missão “hercúlea” do novo governo, que terá como parâmetro uma gestão exitosa e com alta aprovação popular de Ricardo Coutinho nestes quase 8 anos. A caminhada é longa, mas o caminho está feito, mesmo com muitas pedras e obstáculos no caminho. Avancemos!
