As lideranças do PSB, PDT e do PCdoB na Câmara dos Deputados anunciaram nesta quinta-feira (20), por meio de nota conjunta, que formarão bloco de oposição ao governo Jair Bolsonaro (PSL) na próxima legislatura. O PSB possui 32 parlamentares, o PDT 28 e o PC do B 9, um total de 69 parlamentares.
A criação do bloco vinha sendo discutida por esses partidos desde o resultado da eleição deste ano, que elegeu Bolsonaro presidente da República. O PT, adversário de Bolsonaro no segundo turno e com a maior bancada com 56 deputados., não aderiu ao bloco de oposição na Câmara. Lideres petistas vêm o bloco como uma tentativa de quebrar a hegemonia do partido dentro do campo das esquerdas.
Na nota divulgada à imprensa, os partidos afirmam que formarão um bloco partidário que fortaleça as posições políticas e a ação parlamentar das legendas. Ainda segundo a nota, o bloco será formado por “partidos que têm identidade histórica e mais aqueles que eventualmente ao bloco queiram se reunir”, mas deixa espaço para futuros aliados que no campo da oposição podem ser o PT e a REDE.
Após o anúncio, o presidente eleito Jair Bolsonaro publicou no Twitter que se essas legendas resolvessem o apoiar “preocuparia o Brasil”. Numa demonstração de que não teme a postura do bloco no legislativo federal. O PSL possui a segunda maior bancada do Congresso com 52 deputados e o apoio de legendas como o DEM, e alguns partidos do centrão como o PSD, Patriotas, setores do PMDB e outros.
