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Assembleia instala Frente Parlamentar para debater Reforma da Previdência

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) vai instalar uma Frente Parlamentar em Defesa da Seguridade Social com o objetivo de ouvir entidades e trabalhadores de todo o estado.
A decisão aconteceu na manhã desta sexta-feira (15), durante audiência pública para debater a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pelo Governo Federal para a Reforma da Previdência.

O ato realizado nesta sexta-feira, que contou com a presença de milhares de trabalhadores, aconteceu no Parlatório da ALPB e foi proposto pela deputada Cida Ramos (PSB). A parlamentar avalia que a PEC da Reforma da Previdência, além de não acabar com privilégios, irá prejudicar principalmente os mais pobres, caso seja aprovada. “Essa Casa tem uma responsabilidade muito grande, pois diz respeito à vida das pessoas. Uma medida que penaliza idosos que nada possuem, que tem a taxa de vida até os 70 anos de idade. A MP penaliza trabalhadores rurais, aumenta o tempo de contribuição”, argumentou Cida.

Cida Ramos anunciou que irá instalar a Frente Parlamentar em Defesa da Seguridade Social na ALPB com o intuito de realizar sessões e audiências públicas nas demais regiões e municípios do estado. Para a deputada, é preciso unir a população a se opor contra a PEC apresentada ao Congresso Nacional. “Esse debate precisa ocorrer em toda a Paraíba. Eu estou disposta, com essa Frente Parlamentar que estamos instalando na Assembleia, a percorrer toda a Paraíba, reunindo pessoas, reunindo a sociedade civil organizada, falando também para os parlamentares federais, afinal, nós fizemos alianças com muitos deles, pedindo que não aprovem essa reforma, porque ela é perversa e prejudica quem menos tem”, declarou a deputada.

Jeová Campos (PSB) classificou como mentirosa a proposta apresentada pelo Governo Federal quando diz que a reforma precisa ser feita para combater privilégios. O deputado acredita que as alterações impostas aos trabalhadores não atendem as suas necessidades e prejudica principalmente os trabalhadores rurais. “Por que querer que o agricultor espere mais cinco anos para se aposentar? Por que querer que homens e a mulheres da roça tenham pagar mensalmente a previdência, quando muitas vezes não se tem sequer chuva no semiárido? Só está provocando injustiça e aumentando a exclusão da seguridade social dos trabalhadores rurais”, avaliou.

A audiência pública contou ainda com a presença do deputado estadual Dr. Érico; dos deputados federais Frei Anastácio e Gervásio Maia; da vereadora de João Pessoa, Sandra Marrocos; do secretário estadual da Agricultura Familiar, Luiz Couto; do representante do Fórum em Defesa da Previdência, Marcelo Sitcovsky; do presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-PB), Liberalino Ferreira; do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Aristides Santos, além de líderes de entidades, membros da sociedade civil organizada e centenas de trabalhadores rurais.

Clóvis Gaião

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