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Lideres do PT, PSB, PSOL e PC do B defendem resistência aos retrocessos do governo Bolsonaro

Lideres dos partidos de esquerda estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (26), em Brasília, com objetivo de assegurar a unidade do campo democrático e a resistência aos retrocessos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O encontro contou com a participação de Fernando Haddad (PT), ex-candidato a presidente da República, Guilherme Boulos (PSOL), ex-candidato a presidente da República, do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), e da ex-candidata a vice-presidente da República, Sonia Guajajajra (PSOL).

Do encontro saiu uma nota à imprensa propondo mobilizações contra uma reforma da previdência centrada no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres, contra as atitudes antinacionais do presidente Jair Bolsonaro em recente visita aos EUA e também da “absurda decisão do Governo Bolsonaro de “comemorar” o Golpe Militar de 1964, no próximo dia 31 de março”.

Ainda na nota, os líderes partidários estabelecem que é urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado. “Por fim, essa reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil”, assinam os participantes da reunião.

Confira o nota abaixo:
Nota à Imprensa
Brasília, 26 de março de 2019

Reunidos nesta manhã em Brasília, realizamos um debate sobre o atual momento nacional, especialmente considerando o rápido e profundo desgaste do Governo Bolsonaro. Destacamos alguns pontos para reflexão de toda a sociedade:

1. Estamos atentos e mobilizados para evitar agudos retrocessos sociais, trazidos por esse projeto de Reforma da Previdência, centrado no regime de capitalização e no corte de direitos dos mais pobres.

2. Do mesmo modo, convidamos para a defesa da soberania nacional. Consideramos que por trás do suposto discurso patriótico do atual governo há, na prática, atitudes marcadamente antinacionais, como vimos na recente visita presidencial aos Estados Unidos.

3. Em face da absurda decisão do Governo Bolsonaro de “comemorar” o Golpe Militar de 1964, no próximo dia 31 de março, manifestamos nossa solidariedade aos torturados e às famílias dos desaparecidos. Sublinhamos a centralidade da questão democrática, que se manifesta na defesa do Estado de Direito, das garantias fundamentais e no repúdio a atos de violência contra populações pobres e exploradas, a exemplo das periferias, dos negros e dos índios. Não aceitamos a criminalização dos movimentos sociais, uma vez que eles são essenciais para uma vivência autenticamente democrática.

Nesse contexto, é urgente assegurar ao ex-presidente Lula seus direitos previstos em lei e tratamento isonômico, não se justificando a manutenção de sua prisão sem condenação transitada em julgado.
Por fim, essa reunião expressa o desejo de ampla unidade do campo democrático para resistir aos retrocessos e oferecer propostas progressistas para o Brasil.

Fernando Haddad
Ex-candidato a presidente da República

Guilherme Boulos
Ex-candidato a presidente da República

Flávio Dino
Governador do Maranhão

Sonia Guajajajra
Ex-candidata a vice-presidente da República

Ricardo Coutinho
Ex-governador da Paraíba

Clóvis Gaião

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