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Vereadores protocolam pedido de audiência sobre áudios com indícios de propina em contratos da prefeitura de JP

Os vereadores de João Pessoa estão cobrando investigação sobre os áudios vazados com conversa de suposta propina envolvendo o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV) e secretários de Saúde e Desenvolvimento Social da gestão municipal.

O líder da bancada de oposição vereador Marcos Vinícios (PT) irá protocolar na próxima segunda-feira (1) pedido de audiência com o secretário de Saúde Adalberto Fulgêncio receba os vereadores e explique o contexto da fala com o prefeito. Com apenas 7 vereadores, a bancada de oposição ao prefeito não tem quórum necessário para convocar os secretários para explicarem os áudios gravados no plenário da Câmara, mas querem que o Ministério Público investigue os áudios com supostas propinas em contratos da secretaria de saúde e Emlur. Os áudios envolvem o prefeito Luciano Cartaxo e os secretários Adalberto Fulgêncio e Diego Tavares.

Nos áudios, Adalberto conta que nos próximos dias iria conversar com três fornecedores e chama a atenção de Cartaxo. “Luciano, deixa eu te falar um negócio antes, eu só posso falar isso aqui, vamos falar de dinheiro”, frisa. O secretário de Saúde diz que há “reconhecimento de dívida lá”, de algumas empresas, e pelo seu orçamento só deve ter de R$ 300 a R$ 400 mil na “25”. Cartaxo responde: “Certo”.

Adalberto segue tratando de valores, porém, começa a relacionar com empresas, possivelmente fornecedores. “Mas tem R$ 2 milhões na ‘zero zero’, aí o ‘caba’ queria como foi em 2016, além do que a gente ficava pagando [inaudível]. Tem ainda lá o dinheiro. Kairós deve ter R$ 1 milhão, ‘tô’ dando um chute aqui. Mas se botar na ‘zero zero’ tem como pagar. Eu não tenho na ’25’. Você autorizando isso eu acho que dá pra pegar aí R$ 1 milhão, 1 milhão e meio”.

Neste trecho, Cartaxo é direto quanto as negociações. “Mas a gente tem que pagar a mais para poder pegar R$ 1 milhão”, destaca. Fulgêncio concorda. “Tem que ser um que dê pra pagar de R$ 300 a 400 mil”, diz o prefeito. Para Fulgêncio, até R$ 2 milhões dá para pagar na ‘zero zero’, e de R$ 1 milhão vai tirar R$ 200 mil. Em um dos trechos Luciano Cartaxo fala em fazer uma tal “mapinha” e em outro momento “ver até onde pode ir com isso”. que se pagar na Emlur chega a 30% e na saúde chega a 40%, é melhor pela saúde que é mais rápido concluiu.

Após o vazamento dos áudios a sociedade espera que o Ministério Público e a Justiça investiguem o caso diante da gravidade e dos prejuízos que podem ter gerado para a sociedade, principalmente na área de saúde da capital paraibana, que sofre com a precaridade dos serviços, falta de médicos e de medicamentos de uso contínuo. Sem julgamentos prévios e respeitando o princípio da presunção da inocência, mas dentro do rigor da lei.

Clóvis Gaião com informações do Paraíba Já

Link no youtube https://youtu.be/H7_IdSWAdkY

Clóvis Gaião

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