O racha no PSL da Paraíba não está sendo visto com bons olhos pela cúpula nacional do partido. Nos bastidores já se especula que a direção nacional poderá intervir no diretório estadual e convocar novas eleições em recorrência da troca de acusação nos grupos de whatsap entre o presidente estadual da legenda e deputado federal, Julian Lemos, o deputado estadual Moacir Rodrigues e lideranças sem mandato como Pâmela Bório e Samara Aguiar.
O deputado federal Julian Lemos “soltou os cachorros” contra o deputado Moacir Rodrigues (PSL), que defendeu, por meio de nota, a realização de eleições livres e democráticas para presidência estadual e dos diretórios municipais do PSL na Paraíba. Moacir acusa a gestão de Julian pela falta de critérios na distribuição dos cargos, na distribuição do fundo partidário e com constantes ameaças de expulsão a filiados. “São característica de coronéis e ditadores”, disparou.
Julian, que nos últimos dias têm chamado a atenção por desqualificar partidários da legenda chamou a Moacir de “boneco de ventríloquo”, se referindo ao seu irmão Romero Rodrigues (PSDB), prefeito de Campina Grande, como o suposto manipulador. Julian sugeriu que, através de “notinhas” e contestações à validade do diretório estadual do partido, Romero queria assumir a força a direção do partido na Paraíba.
Desde que o deputado federal Julian Lemos, que se autodeclarava coordenador político de Bolsonaro no Nordeste, foi desautorizado a falar pelo governo pelo vereador do Rio de janeiro Carlos Bolsonaro, que aliás, é filho do presidente, que a credibilidade do parlamentar ficou muito próxima de zero. Agora sem o respaldo de lideranças locais com mandato como Moacir Rodrigues e de um grupo de filiados “bolsonaristas”, a situação de Julian fica ainda mais complicada na legenda. É esperar as cenas palpitantes dos próximos capítulos.