Apesar da proximidade das eleições para prefeito de João Pessoa em outubro do próximo ano, o quadro sucessório segue bastante indefinido. As duas principais forças políticas de João Pessoa, o grupo do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e do atual prefeito de João Pessoa Luciano Cartaxo (PV) ainda não revelaram seus candidatos, apesar de Ricardo sinalizar que pode tentar retornar ao Paço Municipal.
Outras forças políticas de oposição como o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior, (Solidariedade), o deputado federal Julian Lemos (PSL) e o deputado estadual Walber Virgulino (Patriota) também são cotados, mas os dois últimos vivem uma turbulência no núcleo “bolsonarista” no Estado e dependem do desempenho do atual presidente.
Neste final de semana, o ex-governador Ricardo Coutinho postou foto em seu instagram relembrando o início da sua primeira campanha para prefeito em 2004 com uma faixa com slogan “ João Pessoa- A Hora da Mudança”. “Desde aquela época já era movido pelo desejo de fazer a boa política e colaborar para a construção de uma Paraíba que olhasse para o futuro”, descreveu, incendiando a militância girassol que quer Ricardo administrando João Pessoa novamente.
Ricardo Coutinho é o quadro mais forte no PSB para a disputa das eleições pelos resultados administrativos obtidos como prefeito de João Pessoa e pelo contexto político administrativo em que tem o apoio do atual governador João Azevêdo e dos prefeitos da grande João Pessoa como Conde, Cabedelo e Lucena. Sua atuação decisiva na eleição do governador João Azevêdo, que iniciou bem a gestão, lhe colocam como maior força na disputa. Outros nomes também são cotados como a deputada estadual mais votada nas últimas eleições, Cida Ramos (PSB).
Já Luciano Cartaxo, no que pese sua força em João Pessoa onde foi reeleito em 2016, tem um grande problema a equacionar, a falta de um quadro sucessório após a esmagadora derrota sofrida no ano passado com o seu irmão gêmeo, Lucélio Cartaxo. O irmão do prefeito foi grande aposta do grupo nas eleições de 2014 e 2018, mas saiu fragilizado após duas derrotas consecutivas. Nomes como o secretário Diego Tavares e do vereador Milanez Neto parecem não empolgar.
É claro que faltando mais de 1 ano para o início da campanha “muita água vai passar por debaixo dessa ponte” e como bem disse Magalhães Pinto: “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Então, vamos esperar as movimentações políticas, o céu se abrir e clarear o quadro político na Capital paraibana.