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Sindicato dos Jornalistas emite nota de repúdio a deputado que quer abrir CPI contra a imprensa

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba distribuiu nota pública em que “lamenta profundamente” a iniciativa do deputado estadual e delegado Wallber Virgulino (Patriotas), que anunciou a coleta de assinaturas para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a imprensa estadual, na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).

“A entidade entende que se o parlamentar tem queixas em relação à atuação de algum profissional ou veículo de comunicação deve citar os nomes dos evolvidos e os fatos desabonadores cometidos por um ou outro para que sejam apurados no Conselho de Ética do Sindicato ou mesmo pela FENAJ [Federação Nacional de Jornalismo]”, pontua trecho da nota.

O deputado postou em suas redes sociais, o seu descontentamento com veículos de comunicação que o envolveram em uma confusão em um bloco de carnaval no último sábado e que irá buscará assinaturas entre os demais deputados para instalar a Comissão. “Não sou de briga e se me virem agarrado com homem: são meus filhos. Sou adepto da teoria de que homem não se desmoraliza, não troco tapas, troco tiro!!! , ameaçou o deputado.

Wallber publicou que “alguns sistemas de comunicação da Paraíba que se acostumaram com o dinheiro farto e fácil da CALVÁRIO”, mas não citou quais sistemas e nem quais são os jornalistas. Ele promete apresentar mais um pedido de CPI, agora contra a imprensa nesta terça-feira (18).

Confira a nota do Sindicato dos Jornalistas:

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DA PARAÍBA

NOTA

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba lamenta profundamente a iniciativa do deputado estadual Wallber Virgulino que anunciou a coleta de assinaturas para uma CPI da Imprensa da Paraíba. A entidade entende que se o parlamentar tem queixas em relação à atuação de algum profissional ou veículo de comunicação deve citar os nomes e os fatos desabonadores cometidos por um ou outro para que sejam apurados no Conselho de Ética do Sindicato ou mesmo pela FENAJ.

Por outro lado, o Sindicato repudia totalmente as práticas não condizentes com o Código de Ética e a responsabilidade social dos jornalistas e defende que estas sejam apuradas com amplo direito à defesa e, caso procedentes, punidas exemplarmente.

A DIRETORIA

Clóvis Gaião

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