O presidente Jair Bolsonaro finalmente conseguiu colocar em prática seu plano para interferir na Polícia Federal. Horas depois de ser nomeado o novo diretor geral da Polícia Federal, o delegado Rolando Souza, já fez mudanças no comando do órgão no Rio de Janeiro e planeja em outros estados como em Pernambuco. O superintendente do Rio de Janeiro, o delegado paraíbano Carlos Henrique, deixará de ser responsável pelas investigações e irá para um cargo administrativo.
Rolando era subordinado ao presidente da ABIN Alexandre Ramagem, que teve a sua nomeação para a PF impedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na semana passada, o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, acusou o presidente Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal, que entre outras coisas investiga os filhos do presidente por crimes como a utilização da estrutura do Planalto para fabricar fake news. Outro caso polêmico é caso de assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Mariele Franco. O então ministro Sergio Mouro pediu exoneração, após a demissão do seu braço direito na Polícia Federal Marcelo Valeixo, e acusou o presidente de interferências na autonomia do órgão, de falsificação de assinatura e de tentar comprá-lo em troca de uma vaga no STF.
Nesta segunda-feira o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize novas diligências no inquérito que apura suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. O STF também investiga interferência política do presidente na Policia Federal tendo, inclusive, impedido por meio de liminar a nomeação do Alexandre Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro. Pelo jeito, essa novela continua com novidades nos próximos capítulos e esperamos que não venha a manchar a imagem da respeitavel Polícia Federal.