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Governo da Paraíba não seguirá decreto de Bolsonaro para abrir academias e salões de beleza

O presidente Jair Bolsonaro incluiu por meio de decreto que os salões de beleza, barbearias e academias de esportes são serviços  essenciais e poderão abrir em meio à pandemia do novo coronavírus. A medida não repercutiu bem nos estados e o governador da Paraíba João Azevêdo avisou que o decreto não valerá na Paraíba diante dos riscos e do crescimento no número de casos do Covid-19 em 109 municípios do estado com casos confirmados.

Estados como a Bahia, Ceará e outros já afirmaram que também não irão cumprir o decreto no caso das academias de saúde e salões de beleza com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que cabe a governadores e prefeitos definirem seus decretos conforme cada realidade.

Em entrevista na tarde de ontem na CNN Brasil, o governador João Azevêdo lamentou a falta de um discurso unificado e do apoio do governo federal aos Estados e municípios em meio a atual crise sanitária. “Faltou um discurso único que unificasse o país, que trouxesse esperança ao nosso povo, e liderança. Os Estados estão à mercê da própria sorte, buscando fazer a aquisição de equipamentos, com dificuldades muito grandes, com o aproveitamento por parte do mercado, elevando o preço de equipamentos e, eu espero, realmente, que encontremos uma saída para essa crise”, ponderou.

O motivo apontado por Bolsonaro para tal decreto, mesmo quando o país já conta com mais de 11 mil mortos pela covid-19 é que essas atividades estão relacionadas com a saúde por tratarem do corpo e da higiene. O decreto determina ainda que as atividades precisam obedecer à determinação do Ministério da Saúde para garantir a segurança sanitária de clientes e profissionais.

Clóvis Gaião

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