Entre todos os investigados, uma semelhança, são bolsonaristas militantes de carteirinha .
Mesmo que de forma tardia, o Supremo Tribunal Federal (STF) inicia a caça aos propagadores de “fake news” contra instituições democráticas e figuras politicas. Os propagadores das notícias falsas com utilização de robôs e financiamento empresarial e políticos reinam nas redes desde a pré-campanha passada com forte influencia nas eleições de 2018 e na desinformação em tempos de Covid-19
Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Federal cumpriu 21 mandados de busca e apreensão de bolsonaristas solicitados pela Procuradoria-Geral da República e determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF com objetivo de instruir o Inquérito que investiga a origem de recursos e a estrutura de financiamento de grupos suspeitos da prática de atos antidemocráticos, ataques a ministros e propagação das “fakes news”.
Na cabeça da organização estariam o deputado federal Daniel Silveira (PSL), dirigentes do partido Aliança Pelo Brasil e blogueiros de extrema direita com atuação nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal. Mas é visível que a ramificação da organização seja maior.
Ontem a blogueira Sara Winter foi presa por insultos e ameaça a ministros do STF e ao Congresso Nacional. O baderneiro e ex-servidor, Renan também foi preso no domingo, mas solto após pagamento de fiança, por participar do atos de ameaças ao STF. Entre todos os envolvidos na organização, uma semelhança, são bolsonaristas militantes de carteirinha com influência no Palácio do Planalto.
A democracia brasileira nunca foi tão atacada por grupos fascistas e antidemocráticos, até porque encontraram no presidente Bolsonaro um incentivador sagaz e com suas “armas em punho”, como a utilização de cargos e até participação ativa nessas manifestações em meio a uma pandemia e recessão econômica. Se o povo brasileiro não tiver a garantia de um Judiciário e instituições altivas, viveremos em um país incapaz de preservar a nossa democracia e o respeito mútuo entre instituições Republicanas.
Até porque as forças progressistas continuam inertes e desorganizadas diante da onda conservadora, principalmente os partidos, sem conseguir uma união efetiva em torno do combate a um adversário comum, o Bolsonarismo, que por mais desorganizado que pareça, tem fortes elos empresarias, militares, políticos com a nova coptação do “Centrão” e da direita internacional.
Esse é um grande desafio que não é de um partido, de uma instituição, de um grupo político, mas do povo brasileiro que deve ser capaz de se organizar para a preservação de direitos, pela justiça social e por um Brasil mais justo e para todxs. Que os erros do passado e a experiência sirvam como aprendizado e combustível para a construção de um novo Brasil.