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Coordenador da campanha de Nilvan Ferreira e sobrinho de Maranhão são alvos de Operação da Polícia Federa

A Polícia Federal e o MPF desencadearam na manhã de hoje (25) a operação “Poço sem Fundo” que cumpre 15 mandados de busca e apreensão em João Pessoa e Araruna, na Paraíba, e Parnamirim, no Rio Grande do Norte. A ação tem como alvos o Coordenador Estadual do DNOCS na Paraíba e presidente do Diretório Municipal do MDB em João Pessoa e, Alberto Gomes, conhecido como “Esquerdinha” e o ex-deputado federal, sobrinho do senador José Maranhão (MDB), Benjamim Maranhão.

A operação apura o desvio de recursos públicos destinados à perfuração de poços e implantação de sistemas abastecimento de água na Paraíba, sob responsabilidade da Superintendência Regional do Incra e da Coordenadoria do Dnocs, na Paraíba.

O apartamento do ex-deputado federal, Benjamim Maranhão foi um dos alvos das buscas da PF na manhã desta quinta-feira. Benjamin Maranhão foi candidato a prefeito de Araruna mais não perdeu a elição para o atual prefeito Vital Costa.

Entenda o caso

A investigação teve início a partir de inquérito instaurado pela Polícia Federal para apurar contratações indevidas promovidas pela Superintendência Regional do INCRA/PB, culminando na realização de fiscalização por parte da CGU, sendo constatada vinculação familiar, financeira e empresarial entre as empresas investigadas, com indícios de direcionamento de contratos firmados, sobreposição dos serviços contratados pelo INCRA/PB com os serviços contratados por outros órgãos, como DNOCS/PB e a Prefeitura de Araruna/PB, já que, em período contemporâneo, as empresas investigadas realizaram serviços similares para os três órgãos, via contratações diretas, por meio de dispensas de licitação.


As dispensas de licitação e os contratos investigados totalizam o montante aproximado de R$ 75 milhões.
A investigação aponta, também, para a prática de superfaturamento dos contratos, atos de corrupção passiva e ativa, e de lavagem de dinheiro, mediante utilização de contas bancárias de empresas interpostas, para dissimular a movimentação financeira.

Com a realização da fase ostensiva da Operação, além da reversão ao erário dos valores pagos indevidamente, busca-se responsabilizar os servidores envolvidos nas irregularidades e a punição de todos os envolvidos nas situações investigadas.

Clóvis Gaião

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