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Politização da vacina contra a Covid envergonha o país e põe em risco milhares de vidas

Para onde a guerra das vacinas vitaminada pelo esperto presidente Jair Bolsonaro contra os governos estaduais levará o nosso país?  Para justificar a sua inoperância em relação a condução e a compra de uma vacina contra a Covid-19, Bolsonaro e seu exército propagam de forma cínica e irresponsável uma narrativa de demonização da vacina tentando politizar a questão. Movimento semelhante das forças reacionárias em 1903, diante da vacina contra a pandemia da febre amarela, que assolou o Rio de Janeiro e para os céticos da época também era vista como uma gripezinha.  

 A tentativa de Bolsonaro de impedir os avanços empreendidos pelo governador de São Paulo, João Dória, é irresponsável e cruel. Queira ou não, o governo Federal deve se curvar a iniciativa eficaz do governo de São Paulo de comprar a vacina chinesa Coronavac, que já demonstrou ter 95% de eficácia, e fazer a sua parte para tocar as ações necessárias para a compra e distribuição das vacinas que demonstrarem eficácia para todo o povo brasileiro.

Na boa linguagem futebolista, Bolsonaro levou uma “bola nas costas” pela falta de uma política de saúde pública, diferente do que ocorreu na Inglaterra, Rússia, China, que iniciaram a imunização do seu povo. Entendendo o momento 11 estados e mais 800 municípios já solicitaram a compra da vacina produzida pelo conceituado instituto Butantã, brasileiro e referência mundial.

 O resultado é uma prática cruel e desumana de colocar pânico na população de que a vacina adquirida pelo governo de São Paulo com uma prática massiva de fake News. Uma atitude absurda de quem certamente não consegue compreender o propósito de liderar uma nação. Diante disso, as reações vieram da própria Anvisa, que já avisou que diante da urgência é possível avaliar a eficácia da vacina Coronavac em menos de 60 dias, destacando a independência da agência reguladora.  

A verdade é que assim como se deu a prática negacionista do presidente Jair Bolsonaro empreendida desde o início da pandemia, que se deixaram levar pela tal “gripezinha” que não derrubou o mito narcisista, mas que custou à vida de 180 mil brasileiros. E aí, os que forem contra a vacinação e não se vacinarem que arquem com as consequências para suas vidas e para os seus.  Os prejuízos também refletem na economia que sente as consequências da letargia governamental e dos rumos para o próximo ano.

  É verdade que a vacina não significa a fórmula mágica do fim do vírus, mas é um grande passo que deve ser dado pelos governos para imunizar a população que deverá continuar se cuidando.  É o único caminho para que possamos retomar a normalidade, no trabalho, no lazer, na vida, na comunhão em Cristo ou, simplesmente, sentir a vibração de um abraço e de um beijo em quem amamos sem medo, sem culpa, mas com o sentimento que move o mundo: o amor!

Clóvis Gaião

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