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Cícero dá exemplo e não aceitará reajuste do seu salário aprovado pela Câmara de João Pessoa

Enquanto os vereadores de João Pessoa, aprovam um reajuste em seus próprios  subsídios, o prefeito eleito de João Pessoa, Cícero Lucena dá exemplo e decidiu que não irá receber o reajuste aprovado pela Câmara Municipal de João Pessoa. Iniciará bem o seu mandato e em consonância do seu discurso contra o “pacote de bondades” que o atual prefeito Luciano Cartaxo dá aos servidores com concurso público e PCCR no apagar das luzes do mandato.    

De acordo com a nova lei complementar aprovada pelo vereadores,  o subsídio dos vereadores saltará de R$ 15 mil para R$ 16,7 mil em 2021 e chegará a R$ 18.991 em 2024.  Já o do futuro presidente da Câmara dos Vereadores chegará R$ 28,4 mil em 2024, valor que é maior do que o que recebe o governador João Azevêdo, que é R$ 23,5 mil.  A lei complementar também reajusta o salário do prefeito que sairia dos atuais R$ 22 mil para R$ 25,5 mil, do vice-prefeito, secretários municipais e secretários adjuntos provocando um efeito cascata e onerando os cofres municiais.

O mais absurdo de tudo isso é o momento em que o País e a cidade vive uma segunda onda de casos de Covid-19 que tem aprofundado a crise econômica no pais. Como se tivessem numa bolha, os vereadores, principalmente aqueles eleitos, começam de forma deprimente a nova legislatura, assim como foi a legislatura que encerra-se em 31 de dezembro.

O coordenador da comissão de transição da Capital, Walter Agra, afirmou que o Brasil e em particular a Paraíba, vem passando por um momento econômico muito difícil em face da pandemia da Covid-19 e que por isso não é hora de aumentar despesas, mas de economizar recursos para garantir assistência às pessoas vítima da doença.

O atual presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, vereador João Corujinha, contudo se defende e nega que haja um aumento, mas sim uma recomposição das perdas. Insensível ao difícil momento em que passa o País, até parece um deboche com o reajuste do salário-mínimo de R$ 1,045,00 para R$ 1,087,00 em 2021, apenas R$ 42,00, valor que não acompanha nem de longe a inflação galopante vivenciada em todos os rincões deste país.  

Clóvis Gaião

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