O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), iniciou o seu mandato gerando um confronto direto com o governo do Estado. O primeiro, que não poderia passar despercebido, foi cobrar do governo do Estado por mais vacinas Coronavac para o município de Campina Grande, quando na verdade quem define a quantidade de vacinas para cada município é o Ministério da Saúde no plano nacional de vacinação e o governo do Estado apenas distribui com cada município.
Um chamado “tiro no pé”, pois mesmo no reino das fakes news, fica difícil atribuir a culpa ao governador João Azevêdo, quando o mesmo só tem a prerrogativa legal de distribuir os produtos dentro das normas sanitárias. Ou seja, Bruno teria que bater na porta do seu aliado, o presidente Jair Bolsonaro para pedir mais vacinas para o seu município, e como gesto de grandeza para aos municípios Paraibanos. Campina realmente recebeu 3.700 doses da vacina nesta primeira remessa, mas por decisões equivocadas anteriormente pelo governo Federal.
Enfrentamentos políticos e formação de palanque não é algo propício para o momento em que tentamos sair da maior crise de saúde que o mundo enfrenta nos últimos 100 anos. Tem muito chão para chegarmos bem em 2022 diante da letargia e desorganização do governo Federal.
Outra polêmica instaurada é uma denúncia da médica Tatiana Medeiros que está protocolando no Ministério Público farto material que comprovaria que o prefeito Bruno teria autorizado aliados a furarem a fila da vacina na primeira etapa do programa nacional de imunização contra a Covid-19.
Algo muito grave, que fere o princípio da impessoalidade e moralidade na administração pública e que exclui os “pobres mortais”, incluídos no grupo de risco do direito a única vacina disponível e distribuída em território nacional.
A prefeitura ainda não respondeu à denuncia, ficando então resgardado a defesa de que o prefeito Bruno não autorizou a “furada da fila” da vacina.