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Em carta, João Azevêdo e mais 14 governadores pedem ação da diplomacia do governo federal para compra de vacinas

Uma carta assinada por 15 governadores remetida na noite da quarta-feira ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), pede que o Governo Federal acione a diplomacia brasileira para abrir diálogo com a China e a Índia. O objetivo é que o Brasil encontre uma solução para importar o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), para a produção da vacina CoronaVac, e para que os 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford sejam enviados ao país, no combate à Covid-19.

A carta remetida a Bolsonaro é assinada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da temática Estratégia para vacina contra a covid-19 no Fórum de Governadores.

“Solicitamos a essa presidência que seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos dos países provedores dos referidos insumos, sobretudo a China e Índia, de modo assegurar a continuidade do processo de imunização no país”, diz o texto assinado pelos governadores, destacando “a relevância do pleito ora apresentado para o sucesso da estratégia nacional de vacinação”.

O documento também é endossado pelos governadores dos estados de: Alagoas, Renan Filho (MDB); do Amapá, Waldez Góes (PDT); do Ceará, Camilo Santana (PT); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB); do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); do Pará, Helder Barbalho (MDB); da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); de São Paulo, João Doria (PSDB); e de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).

O governador do Piauí afirmou que a carta é um apelo dos governadores de todas as regiões para que o Brasil receba o IFA e produza a quantidade suficiente para garantir a vacinação no país. Dias destaca que pretende conseguir apoio de autoridades do Congresso Nacional, Poder Judiciário e ex-presidentes do Brasil, fortalecendo o pedido a Bolsonaro.

“Independentemente de partidos, estamos juntos e pedimos para que o presidente da república Jair Bolsonaro, diretamente com a diplomacia brasileira, possa abrir esse diálogo, que deve contar com a presença de também de líderes do Congresso Nacional, do Judiciário, de ex-presidentes e quem possa ajudar. Neste instante, é colocar as diferenças de lado e pensar primeiro em salvar vidas no Brasil para que tenhamos a garantia do cronograma acertado para entrega do IFA para garantir vacinas, tanto do Butantan, da Fiocruz e da União Química, produzidas no Brasil a partir deste entendimento”, ressaltou o petista.

Clóvis Gaião

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