O PT caminha mais uma vez para marchar dividido nas eleições de 2022. De um lado o deputado federal Frei Anastácio e o estadual Anísio Maia que defendem continuar apoiando o governador João Azevêdo (Cidadania) e do outro o presidente estadual da legenda, Jackson Macedo e os novos petistas Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo (que deve se filiar em breve), Luiz Couto e seus aliados que querem lançar candidatura própria ou encontrar um candidato a governador para chamar se seu.
É claro que o leitor mais atento sabe que a mão forte da direção nacional é que determinará a decisão da legenda na Paraíba. Esta semana o próprio presidente Jackson Macedo já colocou que o partido está na oposição ao governo João Azevedo, mesmo estando em cargos estratégicos da esfera estadual como o comando da secretaria estadual de Agricultura Familiar. Esse tem sido um fenômeno comum nos últimos processos eleitorais.
Nesta sexta-feira o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Paraíba, o professor Charliton Machado anunciou, em publicação no Instagram a desistência da pré-candidatura ao Senado Federal para as eleições deste ano.
Na publicação no instagram, Charliton criticou a Direção Nacional do PT e destacou “a decepção com os recentes retrocessos partidários”. Conforme ele, as filiações do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, foram feitas de maneira autoritária e sem discussão partidária.
“Diante da óbvia constatação de que a Direção Nacional do PT continuará recusando efetivamente a debater com profundidade uma tática política com a maioria da direção estadual e militância do PT da Paraíba, preferindo assim optar por escolher que acomodem interesses e projetos individuais de alguns caciques políticos recém filiados ao partido, reconhecemos que exauriu-se por inteiro a motivação e a razão de continuar lutando por uma pré-candidatura ao Senado”, afirmou.