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Tárcio Teixeira denuncia ao MP ‘banho de sangue’ programado em João Pessoa e constrangimento a PM’s que recusam ‘greve branca’

O presidente estadual do PSOL,Tárcio Teixeira encaminhou denúncia junto ao Ministério Público da Paraíba, na condição de assistente social e servidor efetivo do MPPB, alegando ter recebido informações de que haverá um ‘banho de sangue’ em João Pessoa no próximo fim de semana, entre 28 e 30 de janeiro.

Tárcio relatou também na denúncia que policiais militares estão sendo coagidos por uma minoria em ‘greve branca’ a não cumprirem os plantões extras e a ‘guerra’ entre facções criminosas e esses policiais ‘grevistas’ têm levado a uma onda de violência na Paraíba, como a queima de um ônibus na noite desse domingo (23), na Capital.

Um áudio divulgado hoje e atribuído ao deputado Cabo Gilberto, policial militar, mostra que ele estaria incentivando a ‘greve branca’ da PMPB orientando que policiais não cumpram plantões extras, numa tentativa de pressionais as negociações por salários reajustados e novas condições de trabalho, embora o governador João Azevêdo já tenha oferecido 10% de aumento e incorporação da Bolsa Desempenho, o que foi aceito pelo Clube dos Oficiais.

A denúncia foi encaminhada pessoalmente no do procurador-Geral de Justiça da Paraíba, Antônio Hortêncio Rocha Neto, e pelo MPV 2, segundo o próprio assistente social explicou no documento, conforme apurou o ClickPB.

No relatório, Tárcio Teixeira narra que recebeu informações de pessoas as quais não querem ser identificadas de que “João Pessoa pode ser tomada por um banho de sangue, que pode trazer desdobramentos na consolidação de grupos de extermínio e restruturação de grupos criminosos, fortalecendo assim as facções existentes em nosso Estado.”

“O clima instalado é de tal gravidade que, segundo as informações que nos chegaram, circula nos grupos de policiais militares, mensagens (anexo), de grupo organizado, policiais militares ameaçando de morte detentos, familiares de detentos em momentos de visita e até mesmo a comunidade de forma geral, tudo isso se auto intitulando de “A ORDEM”.

Tárcio explica que o incêndio de um ônibus em Mangabeira, ontem, foi uma “decorrência dessa disputa entre grupos de policiais militares e facções criminosas que atuam na cidade”.

Ele lembra que os policiais militares estão no “afã de concretizarem suas legítimas reivindicações junto ao Governo do Estado”, mas que chegou ao conhecimento dele que “policiais militares que fazem plantão extra estão sendo pressionados e coagidos por outros colegas policiais que lideram o movimento (de protesto), para se absterem e não fazerem esse tipo de plantão”. O assistente social relata, ainda, que policiais do movimento estão divulgando quantidade do efetivo, de viaturas e os territórios que têm policiamento do dia, “além do nome do policial que está fazendo extra naquela escala de serviço, em sinal inequívoco de coação e constrangimento aos policiais que querem livremente exercer seu ofício, […] expondo para o restante da categoria que participa do movimento “Polícia Legal”.”

Tárcio indica que essa ação, “além de configurar como coação ilegal por parte de pessoas que não conseguiram convencer os demais policiais por meio do debate franco de ideias, ainda coloca em risco toda população da Paraíba”.

O assistente social aponta que a ‘greve branca’ estimulada por alguns policiais, além desse acirramento entre PM’s e facções e as declarações em grupos de WhatsApp submetem a sociedade a um elevado grau de exposição e vulnerabilidade.

Tárcio Teixeira pede, por fim, que o setor de inteligência do Ministério Público da Paraíba adota medidas para impedir ou antecipar contra as consequência do acirramento entre policiais, governo e facções.

Clóvis Gaião

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