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Combustíveis: Demagogia eleitoreira do governo Bolsonaro poderá quebrar Estados e municípios

A demagogia eleitoreira do governo Bolsonaro em zerar o ICMS dos combustíveis começa a sinalizar que é desprovida de sustentabilidade diante da atual política de preços da Petrobras. Primeiramente que a medida só terá validade até dezembro e não garante de maneira clara sobre quando e quanto será a compensação dos estados, que no caso da Paraíba, terá uma perda de mais de R$ 1,4 bilhão em 1 ano.

Outro ponto que se mostra claro é que mesmo que haja uma redução em torno de R$ 1,00 no preço do litro do diesel e de R$ 1.50 na gasolina, os reajustes mensais concedidos pela Petrobras acabarão, em três ou quatro meses, fazendo com que os combustíveis voltem ao mesmo patamar médio de R$ 7,00. Ou seja, combustível caro e Estados e municípios endividados. Enquanto isso, as nossas refinarias que poderiam aumentar a produção nacional de Petróleo e gás diminuindo a dependência do mercado internacional, andam esquecidas e são entregues a grupos estrangeiros.  

Por mais que redução de impostos se mostre uma medida simpática, o preço para a população, principalmente a de baixa renda, que sequer tem condições de manter um carro ou moto, será muito alto com a queda em investimentos essenciais como a saúde, a educação e a infraestrutura. Em resumo: “É fazer cortesia com chapéu alheio”.  

A falta de coragem do presidente Bolsonaro em mudar a política de preços da Petrobras que hoje é refém do mercado internacional e da dolarização trará um preço altíssimo para o país e compromete sensivelmente a sustentabilidade e o equilíbrio financeiro de Estados e municípios, que são onde as pessoas verdadeiramente sobrevivem. Nesse contexto, se o governo Federal quer que a medida seja efetiva precisa ser mais claro sobfe como será a compensação dos Estados e municípios.

Sobreviver na verdade é um verbo cada vez mais presente na vida dos brasileiros com um cenário de estagnação econômica, inflação, entrega das nossas empresas e riquezas nacionais, desemprego e de uma clara ameaça à democracia e suas instituições comandada pelo próprio  chefe maior da nação e seus seguidores “amarelos”.  

Clóvis Gaião

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