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Programa da rádio Tabajara tem ‘esquenta’ para VI Festival de Música da PB

Princilla Cler, vencedora do festival do ano passado

O programa Espaço Cultural, desta quinta-feira (25), será um ‘esquenta’ para as disputas do VI Festival de Música da Paraíba. Com transmissão pela Rádio Tabajara, o programa reunirá as músicas vencedoras das cinco primeiras edições do evento. Conforme o jornalista e radialista Jãmarrí Nogueira, editor e apresentador do programa, essa edição vai ao ar das 22h até a meia-noite, na frequência 105,5 FM.

O setlist desta quinta-feira terá ‘Bocaberta’, de Priscila Cler; ‘Revoada agreste’, de Willames Diniz e Anne Karollynne; ‘O tempo dando um nó’, na interpretação de Melo; ‘Você viu’, de João Carlos Júnior; ‘Pega o Beco’, de Totonho; e ‘Desgoverno’, na voz de Tom Drummond. Ainda ‘Cê não faz’, com Bixarte e Fúria Negra; ‘Manifesto dos cantos’, de Filosofino; e ‘A cor de Sivuca’, música de Wil Cor.

O ‘esquenta’ segue com ‘Carta pra Maria’, de Chico Limeira; ‘Pandeiro’, com Yuri Gonzaga e Zé Neto; ‘Imprópria’, canção de Chico Limeira; ‘Capitu’, de Tom Drummond; e ‘Sopro da Loca’, na interpretação do Quarteto Avuô. O Espaço Cultural também tem transmissão pelo site da emissora. Antenado com as convergências de plataformas, o programa – que só toca música da Paraíba – pode ser ouvido pelo site https://radiotabajara.pb.gov.br/radio-ao-vivo/ e, no dia seguinte à apresentação, fica disponível no canal da Funesc no YouTube.

O VI Festival de Música da Paraíba terá 30 canções na disputa e prestará uma homenagem ao poeta Zé do Norte. As etapas ocorrem nos dias 26 e 27 de maio, na Praça Dom Adauto, a popular Praça Xamegão, em Cajazeiras, Sertão paraibano. A final está prevista para acontecer no dia 3 de junho de 2023, no Teatro de Arena, no Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa. O evento é aberto ao público e terá transmissão ao vivo da Rádio Tabajara FM 105.5 e também pelo YouTube.

A premiação prevê R$ 30 mil em prêmios, sendo R$ 10 mil para a canção vencedora (1º lugar), R$ 7 mil para o segundo lugar, R$ 5 mil para o terceiro, além de R$ 3 mil para a melhor interpretação no palco da competição. O prêmio do Júri Popular agora é de R$ 5 mil (com votação pela internet). Para cada eliminatória, estarão na disputa 15 canções e serão classificadas sete para a final. O sorteio da ordem das músicas concorrentes na final será realizado no dia 29 de maio.

A versão 2023 do festival registrou 159 composições inscritas. Elas foram para um processo de curadoria, passando por três especialistas da área musical que atuam em outros estados brasileiros que não tomaram conhecimento dos nomes dos autores das canções, analisando apenas o material cantado, letra e demais critérios técnicos. A comissão julgadora é formada por Iago Guimarães (Juazeiro-BA), Sandoval Filho (São Luís-MA) e Sissy Mendes (Manaus-AM).

O Festival de Música é uma realização do Governo do Estado, por meio da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), Secretaria de Comunicação Institucional (Secom) e a Fundação Espaço Cultural (Funesc). No ano passado, o primeiro lugar o V Festival de Música da Paraíba foi de Priscilla Cler (que também recebeu a premiação de Melhor Intérprete), seguida da dupla Willames Diniz e Anne Karollynne. ‘O tempo dando um nó’, de Melo, ficou em terceiro lugar. E Felippe Costta, que defendeu a canção ‘Fonte’, ficou com a premiação do Júri Popular.

Zé do Norte – O ano de 2022 foi marcado pelos 30 anos do falecimento de Alfredo Ricardo do Nascimento, conhecido como Zé do Norte. Ele deixou mais de 100 músicas editadas, entre cocos e emboladas, onde destacava e exaltava o estilo de vida sertanejo e a oralidade popular.

Entre as composições mais conhecidas estão ‘Mulher rendeira’ e “Sodade, meu bem, sodade’, regravada por artistas como Nana Caymmi, Socorro Lira, Caetano Veloso e Maria Bethânia. Raul Seixas gravou dele ‘Lua bonita’, e Geraldo Azevedo, ‘Meu pião’.

No rádio, Zé do Norte esteve presente nos programas ‘Desligue, Faz Favor’ e ‘Hora Sertaneja’, revelando nomes como Luiz Gonzaga. Na literatura, publicou ‘Brasil Sertanejo’, em 1948. No cinema, o artista paraibano atuou como consultor de linguajar para “O cangaceiro”, de Lima Barreto (1953). Após o longa-metragem ganhar o prêmio de Melhor Trilha Sonora no Festival de Cannes, a música ‘Mulher rendeira’ ficou mundialmente conhecida.

Clóvis Gaião

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