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Empresário Caririzeiro é preso por suspeita de exploração sexual infantil. Ele também é acusado por desvios de milhões em criptomoedas

O empresário Bueno Aires José Soares de Souza foi preso no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (14), acusado de pornografia e exploração sexual infantil. O investigado era procurado e estava com um mandado e prisão temporária em aberto.

O acusado foi preso numa operação que contou com a ajuda da Polícia Civil do Rio de Janeiro em conjunto com a Paraíba. A investigação teve a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

O investigado passará pela audiência de custódia no Rio de Janeiro e depois será transferido à Paraíba para continuidade das investigações. Bueno Segundo o delegado do caso João Ricardo, próximo passo da investigação é descobrir se essas imagens encontradas nesses dispositivos móveis eram baixadas da internet ou produzidas pelo próprio Bueno Aires.

“Vamos investigar se há vítimas, se ele produziu as imagens que foram encontradas ou se só baixava da internet. Ainda não é possível dizer que as fotos eram produzidas por ele”, afirmou o delegado.

A prisão de Bueno Aires se deu por conta da exploração sexual, embora ele também seja investigado por crimes no mercado de vendas de criptomoedas. “Essa ação da Polícia Federal de hoje não faz parte da nossa investigação. A nossa parte é investigar a exploração sexual infantil”, esclareceu João Ricardo.

Proprietário da Fiji Solutions

Natural de Gurjão, Cariri paraibano, Bueno Aires é conhecido por ser o proprietário da Fiji Solutions, empresa que negocia criptomoedas e promete rendas mensais fixas, assim como a Braiscompany. A partir de março deste ano, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) recomendou o pagamento aos clientes lesados em até 72 horas. A empresa tinha prometido iniciar no mesmo mês, mas não se concretizou.

Por conta disso, no mês de abril, o MPPB solicitou o bloqueio do patrimônio da empresa, avaliado em R$ 399 milhões, e bens pessoais dos três sócios, incluindo imóveis, automóveis, aplicações e valores localizados em instituições financeiras. Em seguida, a pedido da Polícia Federal, a 4ª Vara Federal de Campina Grande determinou a apreensão dos passaportes dos donos da empresa, levando em conta indícios de pirâmide financeira.

Desde a primeira recomendação, os clientes lesados ainda não receberam seus investimentos de volta. No mês passado, Bueno revelou que pretendia iniciar o pagamento dos investidores no dia 21 deste mês de junho.

Redação com MaisPB

Clóvis Gaião

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