A justiça negou o pedido de prisão preventiva contra o médico João Paulo Casado, flagrado por câmeras de segurança agredindo a sua esposa em um prédio localizado no bairro dos Estados, em João Pessoa. A decisão, conforme apurado, foi tomada pela Shirley Abrantes Moreira Régis nesta quinta-feira (14).
Para embasar a sua decisão, a juíza considerou a ausência de contemporaneidade dos fatos, dentre outros motivos.
A decisão foi tomada pela Vara da Violência Doméstica de João Pessoa. Inicialmente, o pedido de prisão foi distribuído para o plantão judicial, que encaminhou a matéria ao seu juízo natural.
Nesta quarta-feira (13), João Paulo Casado foi até a Delegacia da Mulher, se apresentou espontaneamente e usou o direito de permanecer em silêncio, sendo liberado logo em seguida. Na oportunidade, o advogado do médico, Aécio Farias, sustentou que seu cliente nunca esteve foragido e defendeu a perda de objeto da prisão preventiva.
As imagens da agressão começaram a ser compartilhadas nas redes sociais desde o último domingo (10). De acordo com os vídeos, João Paulo Casado foi flagrado agredindo a então esposa no elevador do prédio e dentro do carro, quando chegava na garagem.
O pedido de prisão preventiva foi feito na última segunda-feira, pela delegada Cláudia Germana após a polícia ouvir a vítima e uma testemunha. A vítima, segundo informações obtidas pela imprensa, já teria uma medida protetiva contra o agressor desde o término do relacionamento, no fim do primeiro semestre de 2023.
Após a divulgação das imagens, o médico foi exonerado da secretaria de saúde da Paraíba, onde atuava no Hospital de Trauma e do Hospital Trauminha de Mangabeira, este último vinculado à prefeitura de João Pessoa. No Trauminha, João Paulo Casado era diretor técnico, um dos cargos mais importantes do órgão.
Além da exoneração, Casado, que também é militar, está sendo alvo de uma investigação por parte do Corpo de Bombeiros da Paraíba.
Fonte: ClickPB