O prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD) bem que se esforçou falou, falou, mas não conseguiu explicar o porquê da exoneração de mais de 8 mil servidores comissionados e contratados na gestão municipal.
O número representa mais de 90% dos contratos de excepcional interesse público, o que nos leva a questionar quem irá executar os serviços à população e se havia muita gente mesmo sem trabalhar. Já que em tese os serviços continuaram com pouco mais de 1 mil servidores contratados e cerca de 400 comissionados.
Há exatamente 1 ano da eleição municipal alguns gestores realizam mudanças no sentido de “desbulhar o feijão”, ou seja, deixar apenas os que forem “vestir a camisa do prefeito de plantão”.
E nesse contexto é provável que pelo menos nos próximos meses o prefeito realize contratações dos que forem politicamente alinhados, colocando na parece, por exemplo, os contratos ligados ao ex-prefeito Romero Rodrigues (Podemos), que ainda gozava de espaços na gestão de Bruno. E coloque os novos aliados do MDB, a exemplo das indicações do senador Veneziano Vital.
A verdade é que, hoje, além de ter uma gestão com baixa aprovação e com baixos índices de intenções nas pesquisas, Bruno conta com um exército de mais de 8 mil trabalhadores e trabalhadores demitidos e sem o dinheirinho contado para pagar suas contas.
Foi mais uma manobra arriscada de Bruno, que justifica a queda de receita do Fundo de Participação dos Municípios, à Lei de Responsabilidade Fiscal e a necessidade de economia de R$ 1,5 milhão com os cortes. O tempo nesse caso é seu inimigo para tentar imprimir a marca de governo realizador, pois em quase três anos de gestão ainda não disse para que veio. Pode ter cavado uma pá de terra na sua reeleição.