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18º Fest Aruanda anuncia selecionados da Mostra Competitiva dos Curtas Paraibanos na Mostra Sob o Céu Nordestino

18ª edição do Fest Aruanda – que tem chancela da UFPB, patrocínio master do Grupo Energisa e copatrocínio da Cagepa, PBGás e Armazém Paraíba – será realizado de 30 de novembro a 6 de dezembro na rede Cinépolis (Manaíra Shopping) com entrada franca ao público nos três turnos (manhã, tarde e noite). A produção do evento, capitaneada pela Bolandeira Arte & Films, anunciou a identidade visual desta edição celebrativa dos 18 anos do festival, além dos curtas-metragens paraibanos (vide abaixo), selecionados para a mostra competitiva ‘Sob o Céu Nordestino’.

A informação é do fundador e diretor-executivo, Lúcio Vilar, que destacou o fato de o aniversário do festival contemplar como homenageados os ‘atores naturais’ que participaram do ­filme Aruanda (1960), de Linduarte Noronha, que inspirou o nome do próprio evento. O cinema que ensina o mundo a enxergar o Brasil é o conceito desse ano, que reforça o papel do cinema brasileiro em mostrar essa brasilidade para todo o mundo e ao mesmo tempo resgata a importância histórica dos ­filmes que de fato ajudaram o mundo a enxergar o Brasil, como é com o caso de ‘Aruanda’ e de tantas outras obras primas do Cinema Novo nos anos 1960.

Com essa temática de homenagear os ‘atores naturais’ do ­filme ‘Aruanda’, foi ‘reimaginada’ uma paleta de cores que poderia fazer parte do cenário real do ­filme. Uma paleta de cores quente e de matriz acentuadamente nordestina que ajuda a compor o clima de homenagem ao Aruanda de uma forma mais moderna, contemporânea e atual.

A peça principal foi composta a partir de uma releitura de uma cena emblemática do ­filme, onde todos os elementos estão representados: os atores, o pote de barro que é marca do festival e a composição de cena que é uma clara alusão à obra”, disse o fundador do festival para justificar o projeto gráfico, assinado pela agência Mud Comunicação, de João Pessoa. Além disso, a edição irá celebrar os 100 anos do primeiro longa-metragem paraibano (Carnaval Paraibano e Pernambucano, de 1923), de Walfredo Rodriguez.

Curtas paraibanos

Foram sete os curtas-metragens paraibanos selecionados para esta edição e quem comenta sobre os filmes que estarão disputando o troféu Aruanda da categoria são os curadores Amilton Pinheiro (jornalista e crítico de cinema) e Lúcio Vilar.

Um ponto a ser destacado e valorizado na seleção de curtas paraibanos deste ano é a interiorização da produção, com três filmes produzidos no interior, três em Campina Grande e um na capital, João Pessoa. Há também que salientar a preocupação dos realizadores, novatos e diretores mais experientes, em tratar de assuntos diversos que vão da luta pela terra, ao feminicídio, a discussão de gênero nas tradicionais quadrilhas, a valorização da cultura de reisado e de personagens do meio artístico paraibano, como Jackson do Pandeiro e Anayde Beiriz e a ludicidade entre o que tem que prevalecer, a razão ou a emoção. São filmes que olham o passado como formação e orientação para os desafios do presente, que são imensos e urgentes”, segundo o curador e diretor artístico do Fest Aruanda, Amilton Pinheiro.

RELAÇÃO DOS FILMES SELECIONADOS PARA MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS PARAIBANOS SOB O CÉU NORDESTINO

 Fotos CURTAS SOB O CÉU NORDESTINO

O Orgulho Não é Junino, de Dimas Carvalho (Documentário).

Campina Grande/PB (2023).

Duração: 14:59

Sinopse:Dançar quadrilha junina é uma tradição no nordeste brasileiro. Porém, ao contrário do que todos pensam, o ambiente junino esconde uma cobrança rigorosa para que os padrões binários de gênero sejam cumpridos. Alex Castro, mais conhecido como Xuxa, foi a primeira drag queen a participar de uma quadrilha junina estilizada em Campina Grande, e narra no filme sua história de luta e resistência. Agatha Grabriella é Rainha G da quadrilha em que participa, personagem criado para dar representatividade ao grupo LGBT+, porém essa representatividade fica apenas nos bastidores.

 Pantera dos Olhos Dormentes, de Cristall Hannah e Ingsson Vasconcelos (Animação).

João Pessoa/PB (2023).

Duração: 4:46

Sinopse: Já passou da hora de dormir e a pequena Yde quer mais uma historinha de ninar, e dessa vez ela quer saber de onde veio seu nome. Agora mainha Zia tem a missão de falar sobre Anayde Beiriz, uma paraibana danada que cem anos atrás fez da sua vida e arte um exemplo, para que todas as mulheres de seu tempo e de tempos futuros tivessem o direito de viver como quisessem.

 Para Onde Eu Vou? de Fabi Melo (Animação).

Campina Grande/PB (2023).

Duração: 6:10

Sinopse: O que vale mais, razão ou emoção? Quando o coração e o cérebro entram em conflito, qual caminho seguir?

Abrição de Portas, de Jaime Guimarães (Documentário).

Campina Grande/PB (2022).

Duração: 15:52

Sinopse: Em uma pequena cidade do Alto Sertão da Paraíba os moradores se preparam para festejar a Folia de Reis. Figuras fantásticas costuram uma história que se desenrola entre o real, o místico e a presença de um homem com poder e mistério.

Flora, a Mãe do Rei, de Geóstenys de Melo Barbosa (Ficção).

Alagoa Grande/PB (2023).

Duração: 14:59

Sinopse: A força feminina de uma jovem mulher, pobre, nordestina, negra e que usa a música como principal amuleto para construção familiar e social. É nesse universo musical que Flora está inserida. Seu nome, sua história e determinação deixam um legado importante para todos e, principalmente para seus filhos. Flora é inspiração atemporal, é representatividade e movimento, é cultura popular nordestina. Uma voz que precisa ser ouvida.

Céu, de Valtyennya Pires (Documentário).

Santa Luzia/PB (2022).

Duração: 15:39

Sinopse: Entre imagens, silêncios e depoimentos, o documentário retrata a importância e o legado da louceira Maria do Céu, vítima de feminicídio em 2013, para a continuidade da cultura centenária de produção de louças na Comunidade Quilombola Serra do Talhado Urbano em Santa Luzia.

Flor dos Canaviais, de Lívio Brandão e Lucas Machado (Ficção). Alhandra/PB (2023).

Duração: 5:00.Sinopse: Dandara resiste às milícias que a gerações tentam tomar as terras de sua família.

Clóvis Gaião

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