0

Bolsonaro e ex-ministros são alvos da PF; assessores são presos e paraibano tem celular apreendido

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes mandou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregar o passaporte em 24 horas, em uma operação que investiga uma tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder mesmo com a derrota nas eleições de 2022.

O advogado Fábio Wajngarten, que representa Bolsonaro (PL), disse que ele vai entregar o documento. O ex-presidente está Angra dos Reis (RJ), na casa de veraneio que tem na praia de Mambucaba, segundo o advogado Luiz Eduardo Kuntz, advogado de um dos alvos da operação.

Bolsonaro também foi proibido por Moraes de fazer contato com investigados na operação, deflagrada nesta quinta-feira (8) entre eles o assessor Tércio Arnaud, o paraibano que é seu auxiliar direto que estava com ele em Mambucaba, retorne imediatamente para Brasília. Essa medida visa atender a ordem de Bolsonaro de não manter contato com os demais investigados.

Entre os alvos de busca estão aliados civis e militares do ex-presidente.

  • eneral Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
  • General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
  • Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha;
  • Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;
  • Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”.
  • Ailton Barros, coronel reformado do Exército.

Além deles, são alvos de mandados de prisão:

  • Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
  • Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército e ex-assessor especial de Bolsonaro citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão do ex-presidente e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
  • Rafael Martins de Oliveira, major das Forças Especiais do Exército;
  • Coronel do Exército Bernardo Romão Correa Neto, que não foi detido porque está nos Estados Unidos (mandado de prisão será enviado ao Exército para que notifique o militar).

Clóvis Gaião

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *