O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), vai viajar, nesta quarta-feira (17), para Paris, na França, onde assina convênio com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para implantação do BRS João Pessoa. Serão 5 novos terminais de passageiros, corredores exclusivos e novos ônibus modernos e confortáveis.
O acordo vai viabilizar a liberação de 55,4 milhões de euros (R$ 329,4 milhões) para investimentos na capital paraibana. Com a ausência do gestor e o impedimento eleitoral do vice-prefeito, Léo Bezerra (PSB), e do presidente da Câmara, Dinho Dowsley (PSD), o cargo será assumido pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Nominando Diniz. A transmissão do cargo será nesta quarta, às 17h, no Centro Administrativo Municipal.
O afastamento do prefeito foi informado à Câmara de João Pessoa nesta terça-feira (16). Ele deve permanecer na Europa até a semana que vem, com retorno previsto para o dia 25 ou o dia 26. O convênio foi alinhavado ainda no ano passado, após a participação do gestor na 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes.
Os recursos vão viabilizar projetos de mobilidade na capital paraibana, como a construção dos corredores Dois de Fevereiro e Epitácio Pessoa, junto aos Terminais de Integração. Essas ações fazem parte do Projeto de Melhoria da Mobilidade e Acessibilidade da região central e inclui o Projeto de Recuperação e Urbanização de 7,5 km do Rio Jaguaribe, por meio do Programa João Pessoa Sustentável.
A definição do presidente do Tribunal de Contas como sucessor ocorreu após operação que envolveu alterações legislativas na Câmara de João Pessoa e na Assembleia Legislativa. A regra supriu uma lacuna em relação à posse na capital em caso de impedimento do vice e do presidente do Legislativo Municipal. Caso Dinho ou Léo assumissem o cargo, eles ficariam inelegíveis para o pleito deste ano.
Em entrevista recente, Nominando disse que assumiria a prefeitura e que não receberá pagamentos por isso. Também ressaltou o fato de o prefeito da capital não ser ordenador de despesa e ainda que, caso seja sorteado para relator das contas da capital, vai se averbar suspeito.
Redação com Suetoni Souto Maior
