Alvo de várias denúncias de investidores que não estão conseguindo sacar seus investimentos em criptoativos, a empresa GreenGo Capital com sede em Recife e atuação em João Pessoa e El Salvador, está sendo investigada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pela Justiça do Rio Grande do Norte.
Denúncia junto à Justiça e ao Ministério Público aponta que a empresa “seria uma pirâmide financeira, que estaria atuando de forma irregular, sem autorização dos órgãos competentes”, nos moldes da BraisCompany. A empresa tem o pernambucano Bruno Souza como proprietário. De acordo com a Receita Federal, o capital social da empresa gira em torno de R$ 1 milhão.
Desde setembro de 2024, a empresa vem sendo denunciada por investidores, incluindo Paraibanos, de que não estão conseguindo resgatar e nem obter informações sobre investimentos e sem uma resposta clara da empresa.
A mesma empresa também é alvo de investigação no Ministério Público da Paraíba onde a promotora de Justiça de João Pessoa, Priscylla Maroja, informa que tramita o Procedimento Administrativo nº 001.2023.023604 que apura a regularidade da empresa GreenGo Capital junto aos órgãos estatais. A promotora informou que o procedimento ainda está em fase de diligências e preferiu não dar mais detalhes.
De acordo com a assessoria o Ministério Público, o Ministério Público não pode fornecer mais informações sobre o processo neste momento, mas que as reclamações podem ser feitas à Ouvidoria do Ministério Público por meio do site www.mppb.mp.br.
Já são 7 denúncias no site Reclame Aqui
No site Reclame aqui também existem 7 denúncias abertas contra a empresa de pessoas que investiram alto na empresa e que não estão conseguindo resgatar seus rendimentos e aplicações financeiras em criptoativos.
Uma das pessoas supostamente lesada descreve no Reclame Aqui: “A empresa Greengo Capital, gestora de ativos digitais pertencente a empresa AmazonasCoin Participação Ltda, sobre o CNPJ 35.576.488/0001-84, está descumprindo com as cláusulas previstas em contrato, como: falta de pagamentos dos rendimentos mensais, falta de comunicação e transparência com os clientes. Já fiz várias tentativas com a empresa para receber os rendimentos atrasados bem como a Recisão Contratual solicitando o resgaste integral do meu dinheiro investido e até o momento não obtive nenhuma resposta nem da equipe (advisor Peterson Melo) e nem do CEO Bruno SOUZA, CPF *******. Estou aqui registrando essa reclamação, pois quero a regularização dos pagamentos dos meus rendimentos não pagos referente aos meses de agosto, setembro e outubro”.
Um outro investidor de Natal (RN) confiou nas promessas de alta rentabilidade da GreenGo Capital e investiu R$ 1.341.908,00. Sem receber o retorno prometido, ele procurou resolver a situação de forma extrajudicial, com a ajuda do advogado Artêmio Picanço, especializado em casos de pirâmides financeiras. Mesmo após o CEO da empresa, Bruno José Carlos de Souza, ter assinado um contrato comprometendo-se a restituir os valores, o saque não foi realizado.
Bruno Souza, que se identifica em suas redes sociais como Tenente do Exército Brasileiro e CEO da GreenGo Capital, culpou as tensões internacionais pelos problemas. Em um vídeo publicado no Instagram, ele ainda afirmou que as criptomoedas da empresa são custodiadas pela Fireblocks.
Diante da falta de suporte e com a credibilidade da empresa abalada, o investidor acionou a justiça do Rio Grande do Norte na quarta-feira (30), buscando seus direitos e a devolução do valor investido. O processo ainda está em fase inicial, e a decisão judicial está pendente.
Redação com site Guia do Investidor
