O papa Francisco nunca voltou para a Argentina desde que foi nomeado pontífice, em 2013. Ele revelou que gostaria de visitar seu país, mas com uma agenda de quatro a seis viagens papais por ano e a doença nos últimos anos acabou não ocontecendo.
Francisco fez mais de 45 viagens internacionais durante seu papado. Entre as visitas, está a primeira de um papa ao Iraque, Emirados Árabes Unidos, Mianmar, Macedônia do Norte, Bahrein e Mongólia.
Francisco também visitou o Rio de Janeiro onde realizou a jornada mundial da juventude em 2013.
O time de futebol de Jorge Bergoglio, o San Lourenço emitiu nota em homenagem a Francisco destacando que ele nunca tirou o time do coração. Já o presidente da Argentina, Gabriel Milei fazia críticas e até insultos ao papa devido à sua postura Progressista e que considerava comunista.
Jimmy Burns, autor de uma biografia do papa de 2015, disse que a motivação para a decisão de não visitar seu país é política. “Qualquer visita tentaria ser explorada por um lado ou por outro e, sem querer, ele alimentaria essas divisões”, afirmou.
Muitos na Argentina previram uma visita ao país logo depois que Francisco assumiu o cargo e visitou o Brasil. No ano passado, houve novamente conversas sobre uma viagem. Mas em ambos os casos a visita nunca se concretizou.
Guillermo Marco, ex-porta-voz do papa quando ele era cardeal em Buenos Aires, disse que foi uma oportunidade perdida para a Argentina. Francisco, disse ele, tinha uma “alma de tango” — uma referência à música e à dança que tem suas origens nas ruas das periferias da capital.
“Ele teria gostado (de vir) se pudesse fazer uma viagem simples”, afirmou Marco. “[Quando pudesse] visitar as pessoas que ama e, não sei, celebrar uma missa para as pessoas”, acrescentou.
Em setembro, o papa disse a jornalistas que queria ir à Argentina. Porém, o pontífice afirmou que havia outros assuntos a serem resolvidos primeiramente. A verdade é que o Papa Francisco deixou um legado de amor aos mais pobres, simplicidade e acolhimento a todos num momento de mudanças importantes para a Igreja Católica e o povo Argentino perdeu uma oportunidade histórica de vivenciar a presença do Papa Francisco.
Redação com Agência Routers