O presidente da Câmara Federal, deputado Hugo Motta afirmou nesta segunda-feira (9) que o Congresso Nacional não tem o compromisso de aprovar as medidas propostas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para substituir o aumento do IOF. “Penso que terão medidas que serão apoiadas, medidas que não serão apoiadas”.
“Não há, do Congresso, o compromisso de aprovar essas medidas que vêm da medida provisória”, disse Motta. “O compromisso sobre as medidas que virão na medida provisória foi de o Congresso debater e analisar. Penso que terão medidas que serão apoiadas, medidas que não serão apoiadas, que terão mais dificuldade e, a partir daí, vamos ver o que, de fato, passa dessa medida provisória”, afirmou Motta em evento organizado por veículos do Grupo Globo.
Motta alertou que pode haver um “descasamento” entre propostas do governo e a aceitação do Congresso. Caso as medidas sejam rejeitadas pelos parlamentares, há risco de novos aumentos de impostos do governo para cumprir a meta fiscal, avaliou o deputado.
“Se o Congresso não concordar com muitas medidas que o governo trazer, vai haver um descasamento, e nós vamos, daqui a dois, três meses, discutir qual vai ser o decreto, a medida que vai vir para aumentar imposto, para compensar o gasto”, declarou o presidente da Câmara.
Sem aumento de IOF
Ontem após longa reunião do ministro da Economia, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara e do Senado se criou um clima de entendimento e o Hugo Motta classificou como uma “vitória do bom senso” a decisão do governo federal de alterar parte do decreto que estipula uma alta da cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O Globo