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Centrão: Reforma ministerial dá protagonismo aos parlamentares do Progressista e Republicanos

Mais dois partidos do Centrão, o Progressista e o Republicanos, embarcam de vez no governo Lula com a ocupação dos ministérios do Esporte e dos Portos e Aeroportos. A mini-reforma ministerial fez com que o governo Federal criasse um novo ministério de Empreendedorismo e Micro e Pequenas Empresas, onde foi acomodado o ex-ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), partido aliado do presidente Lula e que abdicou de disputar o governo de São Paulo para apoiar Fernando Haddad.

No que pese o desgaste em desalojar o PSB e descartar a então ministra dos Esportes, Ana Moser, que diga se de passagem, vinha realizando um excelente trabalho, o governo Federal se rendeu as pressões do Centrão na perspectivas de aprovação das matérias no Congresso Nacional. Perde uma técnica de alto rendimento, ganha um quadro político que tentará aproximar o Progressista do Planalto.

Aqui pela Paraíba, as mudanças aproximam do Planalto os deputados federais do PP, Aguinaldo Ribeiro e Mercinho Lucena, do governo Federal e os três deputados federais do Republicanos Hugo Mota, Wilson Santiago e Murilo Galdino. Dos quais, apenas Murilo Galdino fez campanha aberta pela eleição de Lula. Lideranças que passam a ter protagonismo de fazer inveja aos Petistas e Lulistas Raiz.

Na verdade e no pragmatismo político, Lula quer votos no Congresso e dá uma cartada para garantir o apoio integral de dois partidos que apoiaram à reeleição de Bolsonaro e faz os gestos necessários na lingua do congresso: cargos. É fundamental a maioria dos votos na Câmara e no Senado em projetos como a reforma tributária, reforma política e as medidas provisórias de compensação das perdas de arrecadação de Estados e municípios.

O cenário fiscal com queda na arrecadação preocupa e requer agilidade no Congresso para “estancar a sangria” e retomar um ciclo virtuoso de desenvolvimento observado nos governos Lula 1 e Lula 2. O desafio pela frente é enorme diante do burraco deixado pelo seu antecessor Jair Bolsonaro e dúvidas sobre o grau de fidelidade dos novos aliados. O Tempo Urge!

Clóvis Gaião

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